Mãe, ó mãe, que nome doce!
Que palavra tão sublime!
Celeste como se fosse
Terna bênção que redime...
Florinhas do prado que encheis de perfume
Os ares e a brisa que passam a cantar,
Criança inocente que a graça resume,
Ó, vinde, a ternura das mães decantar!
Cicios, rumores sonoros, dolentes,
Das aves que os ninhos constroem na ramada,
Ó lagos tranquilos, ó águas correntes!...
Das mães ninguém pode imitar a balada.
E vós, estrelinhas do céu fulgurante,
E vós que morais bem juntinhas de Deus
Dizei: não é das mães o olhar terno e amante
Que as feras domina, que vence os ateus?
O riso dos anjos não tem mais ternura,
Só Deus que é bondade tem mais esplendor.
Ó mãe, sacrifício, renúncia e ventura
De um berço embalado num sonho de amor.
Qual lira na Terra, qual musa podia
Cantar o seu hino, por mais que ele fosse
Celeste e formoso, aquela que um dia
_Meu filho! Nos disse, num beijo tão doce.
Mãe, ó mãe, tudo que é nobre
Em teu olhar tremeluz!
Mãe do rico, mãe do pobre...
Maria! Mãe de Jesus!...
Risoleta Silveira