"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, esta é a Lei."

Prece de Clóvis Tavares

Uma prévia dos extras incluídos no DVD Luz da Escola, produzido por Occeano Vieira de Melo (Versátil Vídeo Spirite).



O DVD Luz da Escola será lançado na Escola Jesus Cristo no dia 18 de junho de 2016.

Canção Materna



Mãe, ó mãe, que nome doce!
Que palavra tão sublime!
Celeste como se fosse
Terna bênção que redime...

Florinhas do prado que encheis de perfume
Os ares e a brisa que passam a cantar,
Criança inocente que a graça resume,
Ó, vinde, a ternura das mães decantar!

Cicios, rumores sonoros, dolentes,
Das aves que os ninhos constroem na ramada,
Ó lagos tranquilos, ó águas correntes!...
Das mães ninguém pode imitar a balada.

E vós, estrelinhas do céu fulgurante,
E vós que morais bem juntinhas de Deus
Dizei: não é das mães o olhar terno e amante
Que as feras domina, que vence os ateus?

O riso dos anjos não tem mais ternura,
Só Deus que é bondade tem mais esplendor.
Ó mãe, sacrifício, renúncia e ventura
De um berço embalado num sonho de amor.

Qual lira na Terra, qual musa podia
Cantar o seu hino, por mais que ele fosse
Celeste e formoso, aquela que um dia
_Meu filho! Nos disse, num beijo tão doce.

Mãe, ó mãe, tudo que é nobre
Em teu olhar tremeluz!
Mãe do rico, mãe do pobre...
Maria! Mãe de Jesus!...

Risoleta Silveira

Não existe maior amor do que este



Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.
Jo 15:13

Um jovem chinês, Té-Ha-Tá, caminhava por uma estrada ao cair da tarde. Olhava ao longe as montanhas nevadas do Tibete, onde os velhos monges elevavam suas orações ao Senhor da Compaixão.

A uma volta do caminho, sobre uma eminência de pedra, surge repentinamente, para espanto e terror do jovem, um vulto que ele não tardou a reconhecer: era o pavoroso Han-Ru, o Anjo da Morte.

Té-Ha-Tá pressentiu no seu coração a desgraça para sua vida. O terrível anjo da destruição estava próximo a casa de sua noiva, a meiga Li-Tsen-Li...

O jovem perguntou atemorizado:

_Que fazes, Han-Ru, aqui perto da casa de minha noiva?

Pacientemente, o emissário do destino respondeu:

_É justa a tua inquietação, ó jovem. Vim a este recanto da Terra, buscar justamente Li-Tsen-Li. Na sabedoria das Leis divinas, está determinado que tua noiva cumpriu o tempo de sua vida neste mundo. É chegado o dia final de seu destino.

_Piedade, piedade, Han-Ru! É tão linda tão meiga minha noiva. Amo-a loucamente e tudo faria para salvá-la. Por Amor de Maia-Dêvi, deixa viver Li-Tsen-Li!

O Anjo da Morte silenciou, em profunda meditação e depois respondeu solenemente:

_A ti, devoto de Maia-Dêvi, é permitido obter uma graça do Céu. Podes prolongar a vida de tua noiva  sob uma condição. Tens direito a uma vida longa e tranqüila, Te-Há-Tá. Restam-te ainda, agora vais saber, quarenta e seis anos de vida. Podes, entretanto, e esta é a condição ceder à tua noiva metade do teu tempo que te resta na carne. Li-Tsen-Li poderá viver em tua companhia, vinte e três anos, a metade do restante de tua vida. Terminado este prazo, ambos morrerão juntos, no mesmo instante. Aceitas a proposta?

Te-Há-Tá hesitou. Hesitou. Ceder a metade de sua vida? Sacrificar vinte e três anos em favor de sua amada? Que fazer? Que responder ao Anjo da Morte?

_Tua proposta, Han-Ru, é imensamente grave para mim. Podes esperar minha resposta até que eu ouça a opinião de meus três melhores amigos, que sempre me orientam na vida?

_Sim, ó jovem. Aguardarei, aqui mesmo tua resposta até antes do amanhecer. 

Nessa mesma hora (já anoitecera...) Te-Há-Tá partiu lépido, em busca dos três conselheiros de sua vida. O primeiro era um artista tibetano. Um escultor famoso. Seu conselho foi franco e sincero: a vida só é digna de ser vivida quando alimentada por uma grande e puro amor. E não existe amor verdadeiro sem renúncias e sacrifícios.

_Serás feliz Te-Há-Tá_ disse o artista_ se puderes demonstrar a grandeza de teu coração, medindo-a pela extensão de um ingente sacrifício. Pela mulher amada o homem deve sacrificar, meu amigo, não metade de sua vida, mas a existência inteira.  Esse foi o conselho do primeiro amigo.

Te-Há-Tá buscou o segundo conselheiro, um jovem mercados de peles, Nian-Si. Cientificado dos acontecimentos, respondeu o segundo amigo:

_É uma proposta louca, Te-Há-Tá! Onde já se viu um moço rico e cheio de saúde, como és, sacrificar a metade da vida por causa de uma mulher? Sem desprezar os valores e perfeições de tua noiva, digo-te que encontrarás por toda a parte, aqui no Tibete, atrás destas montanhas, milhões e milhões de mulheres lindas, tão lindas e tão belas como tua noiva... E quem pode prever o futuro, meu amigo? E se amanhã, dominada por uma paixão, Li-Tsen-Li te abandonar, esquecida do teu sacrifício e for viver, junto de outro coração, a vida que é uma parte de tua própria vida? Loucura, loucura, meu pobre Te-Há-Tá...

Em face das opiniões antagônicas dos seus dois amigos, cresceram a dúvida e a indecisão ainda mais no coração de Te-Há-Tá. E nesse estado mental, dirigiu-se à casa do seu velho e sábio conselheiro, o estudioso Kin-San. O terceiro mentor assim opinou ao desorientado rapaz:

_Meu caro Te-Há-Tá, se amas realmente tua jovem noiva, deves ceder-lhe metade do teu tempo que te esta viver. Convém impor, entretanto, uma condição ao Anjo da Morte. A parcela de vida que cederes à tua noiva, poderá ser retomada por ti, a qualquer momento, em caso de infidelidade de tua futura esposa. Se ela se mostrar indigna do teu sacrifício, perderá o direito ao tempo de vida que lhe foi cedido. Fora disso, Te-Há-Tá, seria loucura. Fizeste bem em hesitar, sendo prudente. Só os insensatos é que nunca hesitam.

***

O jovem noivo aceitou a terceira solução, que imediatamente antes do amanhecer, levou ao Anjo da Morte. O mensageiro divino aceitou a proposta de Te-Há-Ta e lhe respondeu:

_Está bem, Te-Há-Ta! Tua bondosa noiva Li-Tsen-Li viverá mais vinte e três anos. Esta parcela de vida não foi, porém dada e sim emprestada. E o Anjo da Morte desapareceu.

O jovem Te-Há-Ta casou-se com Li-Tsen-Li e dentro de algum tempo eram considerados os esposos mais felizes de toda a região do Tibete. Li-Tsen-Li, após o matrimônio, passou a chamar-se Til-Long-Li, que quer dizer Minha Vida Querida. Um dia, Te-Ha-Tá teve que fazer uma longa viagem e deixou sua amada esposa e um filhinho de poucas semanas em casa de seus pais. Quando regressou, alguns meses depois, teve a dolorosa surpresa de encontrar seus três amigos, de fisionomia triste e abatida, a sua espera, à entrada da povoação em que vivia. Seu coração sobressaltou, não vendo a esposa à sua espera.

_Onde está Minha Vida Querida?Por que não veio se lhe mandei aviso de meu regresso?

_Enche de coragem teu coração, ó Te-Há-Tá: uma grande desgraça, há três dias, caiu sobre tua vida...

_Desgraça? Que foi? Digam-me, digam-me a verdade. Onde está minha esposa?

_ Morreu, meu amigo_ respondeu o mais velho.

_Morreu? Não é possível. Não é possível... Eu sacrifiquei Por ela metade de minha vida...

E o jovem, em pranto convulsivo, começou a blasfemar contra o Senhor da Compaixão. Erguia os braços para o Céu, punhos cerrados, em furor, revoltado, blasfemando o Santo nome de Deus... Os amigos se afastaram, deixando-o dar expansão à sua angústia e sem poderem demove-lo de sua revolta.

Eis senão quando, no auge de nova explosão de sofrimento, surge diante do moço enlouquecido de dor, a figura de Han-Ru, o Anjo da Morte.

_ Han-Ru, faltaste à tua palavra... Onde está minha esposa? Que fizeste de Li-LongLi?

_ Acalma-te e escuta, Te-Ha-Tá. Devo dizer-te a verdade, a fim de que não continues a blasfemar contra o Senhor da Compaixão. Tua esposa, bem sabes, deveria viver mais vinte e três anos. Há poucos dias, porém, o teu filhinho adoeceu gravemente e iria morrer. Que fez tua esposa? Pediu a Deus em comovedora oração, que a vida dela fosse dada ao pequenino enfermo. Que a criança pudesse viver, embora com o sacrifício de sua vida. E assim aconteceu, Te-Ha-Tá. Salvou-se o teu filho, mas a tua esposa, morreu...

E diante do assombro do jovem aflito, o Anjo da Morte, concluiu:

_ Enquanto tu, como noivo, hesitaste em ceder-lhe a metade de tua vida, ela, mãe extremosa, não hesitou um segundo sequer, em dar, pelo filhinho, a vida inteira...

***

Esta jovem mãe tibetana é um símbolo, uma imagem de nossas mães amadas, a quem hoje rendemos homenagem. Elas são realmente, como conceituava Almeida Garret, “a mais bela obra de Deus”. Seu amor nos acompanha todos os dias da vida e além da morte. Sua imagem torna-se escudo de nossas almas, alimento de nosso coração, síntese das afeições humanas. Seus sacrifícios ocultos são muitas vezes o preço de nossa formação moral. Suas lágrimas afiançam diante de Deus, sem o sabermos, a proteção do Céu sobre as nossas vidas.

Clóvis Tavares
(Texto publicado no livro "Sal da Terra")

Salmo 23, por Clóvis Tavares


A beleza e a emoção do Salmo 23, de Davi, por Clóvis Tavares.

Prévia do lançamento do DVD "Luz da Escola".



Produção: Oceano Vieira de Melo.

Roteirinho



Edição Comemorativa do jornal "Roteirinho", produzido pelas crianças da Escola Jesus Cristo, em homenagem aos 80 anos da Escola (outubro de 2015), ao Centenário de Clóvis Tavares (janeiro de 2015) e ao Centenário de Nina Arueira (janeiro de 2016).
(A versão impressa do "Roteirinho" foi distribuída na Escola Jesus Cristo no dia 01 de maio de 2016 e está disponível no Museu de Ciro).


A Bênção do Trabalho



É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a humanidade e nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus. 

SENDA DE PERFEIÇÃO

Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda de perfeição.

Meimei
(Mensagem do livro "Pai Nosso", recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Edição FEB.)